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Edição 2021

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada pelo Ipec Inteligência com 2.600 entrevistados, maiores de 18 anos, das cinco regiões do Brasil, entre os dias 28 de setembro a 1 de novembro de 2021. As entrevistas foram realizadas por telefone com apoio de questionário eletrônico, no sistema C.A.T.I (Computer Assisted Telephone Interview).

 

O questionário eletrônico utilizado para a coleta dos dados foi traduzido e adaptado da pesquisa nacional sobre percepção de clima dos Estados Unidos, realizada pelo Programa de Mudanças Climáticas da Mudanças Climáticas da Universidade de Yale (Yale Program on Climate Change Communication). Foram também adicionadas ao questionário perguntas relativas à realidade brasileira, como por exemplo, as queimadas na região amazônica.

 

Fatores de ponderação foram calculados pelo Ipec para correção de cotas populacionais, com base em dados da PNAD-IBGE.

 

A amostra da pesquisa é representativa da população brasileira com 18 anos ou mais e garante a leitura independente dos resultados por região geográfica do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para o total da amostra, considerando um nível de confiança de 95%.

Para ter acesso aos dados abertos da pesquisa, escreva para itsrio@itsrio.org.

LEIA TAMBÉM

Relatório descritivo feito pelo Ipec Inteligência

Clique para fazer o download

Relatório descritivo feito pelo Yale Program on Climate Change Communication

Clique para fazer o download

Veja algumas descobertas do estudo 

JÁ VOTOU EM ALGUM POLÍTICO EM RAZÃO DE SUAS PROPOSTAS PARA DEFESA DO MEIO AMBIENTE?

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DEIXA DE COMPRAR OU USAR ALGUM PRODUTO QUE PREJUDIQUE O MEIO AMBIENTE, POR EXEMPLO, SACOLA PLÁSTICA, PRODUTOS QUÍMICOS, ETC?

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QUEM PODE CONTRIBUIR MAIS PARA RESOLVER O PROBLEMA DAS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA?

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CONCLUSÃO

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AQUECIMENTO GLOBAL

QUEIMADAS NA AMAZÔNIA

Apesar da importância dada, por grande parte da população brasileira, à questão do aquecimento global e da alta preocupação que os brasileiros mencionam ter com o meio ambiente, apenas cerca de um quinto da população consideram conhecer muito sobre o assunto. Os jovens e os mais escolarizados são os que mais declararam se importar com o aquecimento global, assim como as mulheres e os que se encontram mais à esquerda no espectro político. Já o conhecimento sobre o assunto acaba sendo maior entre as parcelas mais escolarizadas e de classes mais altas da população, bem como entre aqueles que contam com acesso à Internet, meio que se mostra bastante relevante como fonte de informações e conteúdos sobre a temática.

Se aproxima da unanimidade a percepção entre os brasileiros de que o aquecimento global está acontecendo, e cerca de oito em cada dez consideram que ele é causado principalmente pela ação humana. Comparando esse panorama em relação à opinião dos norte-americanos, é possível observar que existe um maior consenso sobre essa temática entre a população brasileira.

 

A maioria dos brasileiros considera mais importante proteger o meio ambiente, mesmo que isso signifique menos crescimento econômico e menos empregos. Também é alta a percepção dos prejuízos do aquecimento global para si próprios, suas famílias e para as próximas gerações, embora a preocupação com as gerações futuras tenda a ser maior do que a preocupação sobre seus efeitos mais imediatos.
Apesar dessa preocupação, as práticas e comportamentos da população em relação à proteção do meio ambiente variam consideravelmente. Ainda que a reciclagem e o compartilhamento de informações ou notícias em defesa do meio ambiente sejam ações bastante mencionadas, é pouco 
comum o engajamento político no tema, como a participação em manifestações ou abaixo-assinados sobre as mudanças climáticas. Neste contexto, vale destacar que os principais atores que os brasileiros identificam como responsáveis por resolver o problema das mudanças climáticas são, em primeiro lugar, os governos, e depois as empresas e indústrias.

A partir do contexto de avanço das queimadas no Brasil, em especial, nos anos de 2019 e 2020, a pesquisa do ITS identificou que a quase totalidade dos brasileiros já havia ouvido falar bastante nas queimadas que acontecem anualmente no país, e também daquelas que vinham ocorrendo na Amazônia.

Além disso, a percepção da maioria da população é de que as queimadas na Amazônia aumentaram nos últimos anos, e que elas são causadas principalmente pela ação humana. Quando questionados sobre quem seriam os principais responsáveis pelas queimadas, os mais frequentemente citados foram os madeireiros, os agricultores e os pecuaristas e criadores de animais.

Também merece destaque o fato de que muitos brasileiros atribuem aos políticos a

responsabilidade por essas queimadas, especialmente os mais jovens e os que se posicionam mais à esquerda no espectro político. No entanto, para metade da população, os governos são os que mais deveriam contribuir para resolver este problema.

A maior parte da população concorda que as queimadas na Amazônia trazem diversos prejuízos à qualidade de vida da população local, ao clima e ao meio ambiente do planeta. Em consonância com a preocupação que os brasileiros têm com o meio ambiente, a grande maioria discorda que as queimadas na Amazônia são necessárias para o crescimento da economia, sendo considerado, ao

contrário, um problema que prejudica em grande medida a imagem do país no exterior e suas relações comerciais com outros países.

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